Acadêmico:
- Dimas Batista
- - Curso de Biomedicina da Faculdade Leão Sampaio, na cidade de Juazeiro do Norte, com o interesse de adquirir e transmitir conhecimentos que possam auxiliar no desenvolvimento da sociedade.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Paralisia cerebral
A paralisia cerebral é o nome que se dá a um grupo de problemas motores (relacionados aos movimentos do corpo) que começam bem cedo na vida e são o resultado de lesões do sistema nervoso central ou problemas no desenvolvimento do cérebro antes do nascimento (problemas congênitos). Algumas crianças com paralisia cerebral também têm desordens de aprendizagem, de visão, de audição e da fala. Embora a lesão específica do cérebro ou os problemas que causam paralisia cerebral não piorem, os problemas motores podem evoluir com o passar do tempo.
Na maioria dos casos de paralisia cerebral, a causa exata é desconhecida. Algumas possibilidades incluem anormalidades no desenvolvimento do cérebro, lesão cerebral do feto causada por baixos níveis de oxigênio (hipóxia perinatal) ou baixa circulação do sangue, infecção, e trauma. Acreditava-se que as lesões por baixo fluxo de oxigênio durante o trabalho de parto eram as causas mais comuns de paralisia cerebral, mas agora os pesquisadores acreditam que os problemas no parto são a causa na minoria dos casos. Outras possíveis causas incluem: icterícia grave do recém-nascido, infecções na mãe durante a gravidez, problemas genéticos ou outras doenças que fazem o cérebro desenvolver anormalmente durante a gravidez. A paralisia cerebral também pode acontecer depois do nascimento, como quando há uma infecção do cérebro (encefalite) ou um trauma de crânio.
Há quatro tipos básicos de paralisia cerebral:
ü Espástica — Movimentos Duros e difíceis,
ü Discinética ou atetóide — Movimentos involuntários e descontrolados,
ü Atáxica — Coordenação e equilíbrio ruins,
ü Mista — Combinação de diferentes tipos.
A paralisia cerebral é a desordem motora mais comum da infância. Acontece em aproximadamente de 1 - 2 para cada 1,000 nascidos vivo, com o risco mais alto entre os bebês prematuros, crianças de baixo-peso-ao-nascimento (menos de 1,5 Kg), e em gravidezes complicadas por infecções ou condições que causam problemas com o fluxo de sangue para o útero ou para a placenta.
Quadro Clínico
Os sintomas precoces de paralisia cerebral incluem:
Dificuldade para alimentar — Existe um atraso para o bebê ter coordenação para sugar o peito e para engolir,
Demora no aparecimento dos marcos normais de desenvolvimento motor — Não fazer coisas que seriam esperadas para uma certa idade. Por exemplo, não ter um bom controle da cabeça antes de 3 meses, não rolar o corpo antes de 4 a 5 meses, não sentar sem apoio antes dos 6 meses e não caminhar antes dos 12 a 14 meses.
Baixo tônus muscular (flacidez ou hipotonia) ou ter músculos duros (rigidez) — O baixo tônus muscular pode ser notado pela dificuldade em sustentar a cabeça ou manter o tronco firme. A rigidez muscular pode ser reconhecida pela espasticidade (músculos “travados”) das pernas na infância.
Transtorno bipolar do humor
O Transtorno Bipolar do Humor, antigamente denominado de psicose maníaco-depressiva, é caracterizado por oscilações ou mudanças cíclicas de humor. Estas mudanças vão desde oscilações normais, como nos estados de alegria e tristeza, até mudanças patológicas acentuadas e diferentes do normal, como episódios de MANIA, HIPOMANIA, DEPRESSÃO e MISTOS. É uma doença de grande impacto na vida do paciente, de sua família e sociedade, causando prejuízos freqüentemente irreparáveis em vários setores da vida do indivíduo, como nas finanças, saúde, reputação, além do sofrimento psicológico. É relativamente comum, acometendo aproximadamente 8 a cada 100 indivíduos, manifestando-se igualmente em mulheres e homens.
O que causa a doença bipolar do humor:
A base da causa para a doença bipolar do humor não é inteiramente conhecida, assim como não o é para os demais distúrbios do humor. Sabe-se que os fatores biológicos (relativos a neurotransmissores cerebrais), genéticos, sociais e psicológicos somam-se no desencadeamento da doença. Em geral, os fatores genéticos e biológicos podem determinar como o indivíduo reage aos estressores psicológicos e sociais, mantendo a normalidade ou desencadeando doença. O transtorno bipolar do humor tem uma importante característica genética, de modo que a tendência familiar à doença pode ser observada.
Como se manifesta a doença bipolar do humor:
Pode iniciar na infância, geralmente com sintomas como irritabilidade intensa, impulsividade e aparentes “tempestades afetivas”. Um terço dos indivíduos manifestará a doença na adolescência e quase dois terços, até os 19 anos de idade, com muitos casos de mulheres podendo ter início entre os 45 e 50 anos. Raramente começa acima dos 50 anos, e quando isso acontece, é importante investigar outras causas.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
A Ictiose do tipo Harlequin
Um raro distúrbio genético de pele, a mais severa forma de ictiose congênita. A sua característica principal é o afinamento da camada de queratina na pele fetal. O recém-nascido é coberto por placas de uma pele fina que racha e se parte. As finas placas podem esticar, repuxar a pele do rosto e distorcer, assim, as características faciais, bem como restringir a capacidade de respiração e alimentação. Crianças com Harlequin precisam ser dirigidas ao tratamento neonatal intensivo imediatamente. Devido à falta de elasticidade da pele, visto que onde deveria haver a pele normal há massivas escamas que lembram a forma de diamantes, a principal função dela, que seria a de proteger, é defasada. Por isso, a partir do momento em que a pele racha onde deveria esticar, é de fácil acontecimento a contração de infecções letais no portador do distúrbio a partir da penetração de bactérias e outros agentes contaminantes através das fissuras.
Síndrome do X frágil
A Síndrome do X-Frágil é uma doença frequente com carácter hereditário que afeta, principalmente, o desenvolvimento intelectual e cognitivo.
A expressão "X-Frágil" deve-se a uma anomalia causada por um gene defeituoso localizado no cromossoma X.
A causa desta doença deve-se à mutação ocorrida no gene FMR1. Este localiza-se no cromossoma X, que apresenta uma porção subterminal. O gene FMR1 apresenta cópias repetidas do codão CGG. Estas cópias variam de 6 a 50 (nos indivíduos saudáveis). Nos indivíduos afectados pelo SFX apresentam mais200 cópias, fazendo com que não ocorra a síntese de uma proteína essencial, FMRP. Esta falta desencadeia problemas, principalmente, a nível intelectual e cognitivo.
Esta doença é mais frequente nos homens do que nas mulheres (1 em cada 4000 homens para 1 em 6000 mulheres), porque as mulheres, tendo dois cromossomas X, apresentam duas cópias do gene FMR1. O aumento do número de cópias CGG anormal está presente em apenas um dos cromossomas X – o que pode ser compensado pelo funcionamento do outro gene normal contido no par. Tal compensação não ocorre no sexo masculino, pois existe apenas uma cópia do gene FMR1 no único cromossoma X do par X Y.Não existe cura para esta doença, no entanto, existem terapias que minimizam os efeitos desta. Como por exemplo, terapias a nível de acompanhamento pediátrico, neurológico e/ou psiquiátrico, estimulação precoce para o desenvolvimento da área psicomotora, atendimento fonoaudiológico, atendimento psicopedagógico clínico, educação escolar especial, etc. …
Sinais: Retardo mental e motor, hiperactividade, défice de atenção, defesa táctil (dificuldade de contacto físico com outras pessoas), contacto visual escasso (dificuldade de olhar para a pessoa com quem fala), hiper-extensibilidade de articulações, orelhas compridas, macroorquidia (na adolescência, os testículos são de tamanho maior que o normal.
Hanseníase
O que é?
Doença causada por um micróbio chamado bacilo de Hansen (mycobacterium leprae), que ataca normalmente a pele, os olhos e os nervos. Também conhecida como lepra, morféia, mal-de-Lázaro, mal-da-pele ou mal -do-sangue.
Transmissão
Não é uma doença hereditária. A forma de transmissão é pelas vias aéreas: uma pessoa infectada libera bacilo no ar e cria a possibilidade de contágio. Porém, a infecção dificilmente acontece depois de um simples encontro social. O contato deve ser íntimo e freqüente.
Contágio
A maioria das pessoas é resistente ao bacilo e, portanto, não adoece. De 7 doentes, apenas um oferece risco de contaminação.Das 8 pessoas que tiveram contato com o paciente com possibilidade de infecção, apenas 2 contraem a doença. Desses 2, um torna-se infectante.
O ataque da doença
O bacilo de Hansen pode atingir vários nervos, mas contamina mais freqüentemente o dos braços e das pernas. Com o avanço da doença, os nervos ficam danificados e podem impedir o movimentos dos membros, como fechar mãos e andar.
Sintomas
Aparecimento de caroços ou inchados no rosto, orelhas, cotovelos e mãos.
Entupimento constante no nariz, com um pouco de sangue e feridas.
Redução ou ausência de sensibilidade ao calor, ao frio, à dor a ao tato.
Manchas em qualquer parte do corpo, que podem ser pálidas, esbranquiçadas ou avermelhadas.
Partes do corpo dormentes ou amortecidas. Em especial as regiões cobertas.
Tratamento
A hanseníase se apresenta, basicamente, de duas formas. O tratamento depende do tipo.
Se for do tipo paucibacilar (com poucos bacilos), o tratamento é mais rápido. É dada uma dose mensal de remédios durante seis meses. Além da ingestão de um comprimido diário;
Se for do tipo multibacilar (com muitos bacilos), o tempo para tratamento é mais longo. São 12 doses do medicamento, uma por mês. Além de dois outros remédios diários durante os dois anos.
O tratamento será 100% eficiente se for levado a sério do começo ao fim. Todos os medicamentos devem ser distribuídos pela rede pública de saúde.
Acne (Cravos e espinhas)
O que é ?
A acne é uma doença de predisposição genética cujas manifestações dependem da presença dos hormônios sexuais. Devido a isso, as lesões começam a surgir na puberdade, época em que estes hormônios começam a ser produzidos pelo organismo, atingindo a maioria dos jovens de ambos os sexos.
A doença não atinge apenas apenas adolescentes, podendo persistir na idade adulta e, até mesmo, surgir nesta fase, quadro mais frequente em mulheres.
As manifestações da doença (cravos e espinhas) ocorrem devido ao aumento da secreção sebácea associada ao estreitamento e obstrução da abertura do folículo pilosebáceo, dando origem aos comedões abertos (cravos pretos) e fechados (cravos brancos). Estas condições favorecem a proliferação de microorganismos que provocam a inflamação característica das espinhas, sendo o Propionibacterium acnes o agente infeccioso mais comumente envolvido.
Manifestações clínicas
A doença manifesta-se principalmente na face e no tronco, áreas do corpo ricas em glândulas sebáceas. Os sintomas variam de pessoa para pessoa, sendo, na maioria da vezes de pequena e média intensidade, podendo tornar-se muito intenso, como a acne conglobata (lesões císticas grandes, inflamatórias, que se intercomunicam por sob a pele) e o acne queloideano (deixa cicatrizes queloideanas após o desaparecimento da inflamação).
O quadro clínico pode ser dividido em quatro estágios:
Acne Grau I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas).
Acne Grau II: cravos e "espinhas" pequenas, como pequenas lesões inflamadas e pontos amarelos de pus (pústulas).
Acne Grau III: cravos, "espinhas" pequenas e lesões maiores, mais profundas, dolorosas, avermelhadas e bem inflamadas (cistos).
Acne Grau IV: cravos, "espinhas" pequenas e grandes lesões císticas, comunicantes (acne conglobata), com muita inflamação e aspecto desfigurante.
Tratamento
Sendo doença de duração prolongada e algumas vezes desfigurante, a acne deve ser tratada desde o começo, de modo a evitar as suas sequelas, que podem ser cicatrizes na pele ou distúrbios emocionais, devido à importante alteração na auto-estima de jovens acometidos pela acne.
O tratamento pode ser feito com medicações de uso local, visando a desobstrução dos folículos e o controle da proliferação bacteriana e da oleosidade. Podem ser usados também medicamentos via oral, dependendo da intensidade do quadro, geralmente antibióticos para controlar a infecção ou, no caso de pacientes do sexo feminino, terapia hormonal com medicações anti-androgênicas.
A limpeza de pele, que pode ser realizada por esteticistas devidamente capacitadas, tem ação importante para o esvaziamento de lesões não inflamatórias (cravos), evitando a sua transformação em espinhas.
Em casos de acne muito grave (como a acne conglobata), ou resistente aos tratamentos convencionais, pode ser utilizada a isotretinoína (Roacutan), medicação que pode curar definitivamente a acne em cerca de seis a oito meses na grande maioria dos casos.
domingo, 27 de setembro de 2009
Calazar, sério risco à saúde pública
O calazar é uma protozoose, ou seja, uma infecção ocasionada por um protozoário do gênero Leishmania dos cães especialmente e transmitida ao homem tendo como vetor um inseto da ordem dos dípteros com o nome popular de palhinha que cientificamente é o Phlebotomus (flebótomo), através da picada deste inseto nos cães doente ao homem.
Esta zoonose era uma afecção tipicamente rural, mas está se urbanizando em virtude das transformações climáticas e/ou o desmatamento. Aliás, também a emigração do homem da Zona Rural às grandes Áreas Metropolitanas com o flebótomo é a verdadeira causa do aparecimento do calazar ao homem com as suas nefastas implicações à saúde pública.
Existem duas formas clínicas do calazar que são a leishmaniose tegumentar americana e a leishmaniose visceral.
Agente infeccioso protozoário cujo nome científico é Leishmania donovani vetor hospedeiro intermediário é um díptero entomologicamente falando conhecido como flebótomo de hábito alimentar hematofágico. Ele vive em locais onde há muita matéria orgânica como currais e estábulos na Zona Rural.
Sinonímia: calazar, úlcera de Bauru, ferida braba e leishmaniose (termo técnico).
Espécie susceptíveis: Cães especialmente e raposas, bem como o homem. Não há transmissão de um animal diretamente ao outro animal e sim através do hospedeiro intermediário que é o inseto.
Sintomatologia. Cães: onicomegalia (unha grande), feridas nas patas, focinho, orelha e no corpo de um modo geral, confundindo-se com a sarna sarcóptica ou Sarcoptose.
OBS: Sintomas da leishmaniose tegumentar americana.
Leishmaniose visceral (calazar): espleno-hepatomegalia que significa o aumento do baço e do fígado concomitantemente, anemia, emagrecimento, falta de apetite, ascite (barriga dágua) e morte.
Tratamento preventivo: é feito com a borrifação onde habita o inseto que é o vetor desta zooantroponose, bem como educação sanitária através de palestras por um técnico sanitarista.
Tratamento curativo: No homem glucantine através da prescrição de um médico sanitarista em ambulatório, hospital ou domiciliar; nos cães não existe tratamento. Aliás, este tratamento é muito dispendioso para o proprietário do animal. Em caso de suspeita conduzir o animal ao Centro de Controle de Zoonoses para que seja coletado o sangue e remetido ao laboratório especializado para identificação ao caso em apreço. Em caso positivo este animal tem que ser sacrificado a bem da saúde pública.
GOTA
O que é ?
Gota é uma doença caracterizada pela elevação de ácido úrico no sangue e surtos de artrite aguda secundários ao depósito de cristais de monourato de sódio.
A concentração normal de ácido úrico no sangue é até 7,0 mg/100ml. Dependendo do país estudado, pode chegar a 18% a população com ácido úrico acima de 7mg%. Entretanto, somente 20% dos hiperuricêmicos terão gota. Ou seja, ter ácido úrico alto não é igual a gota.
É importante detectar quem tem ácido úrico elevado pois muitas vezes esses indivíduos têm pressão alta, são diabéticos e têm aumento de gordura no sangue com aterosclerose e a descoberta da hiperuricemia faz com que indiretamente sejam diagnosticados os problemas sérios que já existiam.
Outro risco para hiperuricemia é desenvolver cálculos renais de ácido úrico ou, raramente, doença renal.
Diagnóstico
Na primeira crise, o diagnóstico definitivo de gota só é feito se forem encontrados cristais de ácido úrico no líquido aspirado da articulação.
Na ausência de líquido articular, mesmo sendo no dedo grande do pé, a primeira crise não deve ser rotulada antes de um período de acompanhamento pois há outras causas de inflamação neste local. Lembrar que somente 20% dos hiperuricêmicos terão gota. Se exames e a evolução não definirem outra doença o paciente deve ser seguido como portador de gota.
Pode ser muito fácil quando houver uma história clássica de monoartrite aguda muito dolorosa de repetição e ácido úrico elevado. Esse pode estar normal na crise. Quando a suspeita for grande, repetir a dosagem 2 semanas após. Alterações radiológicas podem ser típicas.
Nos pacientes com doença crônica já com deformidades e RX alterado não há dificuldades diagnósticas mas provavelmente haverá no tratamento. Pacientes nesse estado têm gota de difícil controle ou não se tratam.
Tratamento
Gota não cura! Mas há tratamento garantido!
Já vimos que o ácido úrico aumenta devido a defeitos na eliminação renal ou na sua produção. Em ambas situações os defeitos são genéticos, isto é, são definitivos. Se não forem seguidos permanentemente dieta e, na grande maioria das vezes, tratamento medicamentoso, o ácido úrico volta a subir e mais cedo ou mais tarde nova crise de gota virá.
Curiosamente, grande número de gotosos não entende ou assume o abandono do tratamento. A conseqüência não é somente nova crise de artrite aguda muito dolorosa mas o risco de desenvolver deformidades articulares que poderão ser bastante incômodas. Não se justifica, atualmente, gotoso ter novas crises e, muito menos, deformidades estabelecidas.
Raiva
A raiva é uma doença infecciosa viral que afeta, unicamente, animais mamíferos. Ela envolve o sistema nervoso central, levando a óbito em pouco tempo, caso o paciente não tome as providências necessárias logo após a exposição.
O responsável por esta zoonose é um RNA vírus pertencente à família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus, presente na saliva do animal doente. Este, ao morder ou lamber mucosas ou regiões feridas, pode transmitir a raiva a outro indivíduo – inclusive humano.
No caso da raiva humana, os cães são o principal reservatório da doença. Entretanto, raposas, morcegos, lobos, antílopes, gambás, furões, dentre outros são, também, responsáveis. A única forma de transmissão conhecida, de um Homo sapiens sapiens para outro, ocorre via transplante de córnea.
Após o contato com seu novo hospedeiro, o vírus se multiplica e penetra no sistema nervoso, afetando cérebro, medula e cerebelo. O período de incubação varia de um mês a dois anos após a exposição.
Os primeiros sintomas são menos específicos: mal estar, febre e dores de cabeça. Após estas manifestações, ansiedade, agitação, agressividade, confusão mental, paralisia, convulsões, espasmos musculares e dor ao deglutir. Em um prazo de aproximadamente dez dias, o indivíduo entra em coma e falece.
Febre amarela
É uma doença infecciosa causada por um vírus conhecido como flavivírus.
A transmissão não é feita diretamente de uma pessoa para outra. O contágio se dá quando o mosquito pica uma pessoa infectada e posteriormente pica um indivíduo sadio. Se este não for vacinado, contrai a doença. Em áreas silvestres, a transmissão é geralmente realizada pelos mosquitos do gênero Haemagogus, que picam os macacos, principais hospedeiros, e posteriormente o homem. Já em áreas urbanas, o vetor da doença é o mosquito Aedes aegypty, também responsável pela transmissão dos vírus da dengue.
Os sintomas aparecem entre o terceiro e o sexto dia após a picada. A pessoa apresenta febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dores no corpo, icterícia e hemorragias.
A doença apresenta curta duração, no máximo dez dias. Como não existe tratamento específico para febre amarela, o mesmo consiste em repouso, reposição de líquidos e uso de medicação sintomática, como o paracetamol, evitando os salicilatos (AAS), em função do risco de hemorragias que estes podem provocar.
A transmissão não é feita diretamente de uma pessoa para outra. O contágio se dá quando o mosquito pica uma pessoa infectada e posteriormente pica um indivíduo sadio. Se este não for vacinado, contrai a doença. Em áreas silvestres, a transmissão é geralmente realizada pelos mosquitos do gênero Haemagogus, que picam os macacos, principais hospedeiros, e posteriormente o homem. Já em áreas urbanas, o vetor da doença é o mosquito Aedes aegypty, também responsável pela transmissão dos vírus da dengue.
Os sintomas aparecem entre o terceiro e o sexto dia após a picada. A pessoa apresenta febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dores no corpo, icterícia e hemorragias.
A doença apresenta curta duração, no máximo dez dias. Como não existe tratamento específico para febre amarela, o mesmo consiste em repouso, reposição de líquidos e uso de medicação sintomática, como o paracetamol, evitando os salicilatos (AAS), em função do risco de hemorragias que estes podem provocar.
sábado, 26 de setembro de 2009
AMENORRÉIA SECUNDÁRIA
O que é?
Amenorréia secundária é a ausência de menstruação por um período maior do que 3 meses em mulher que anteriormente já apresentou ciclos menstruais.
As amenorréias, tanto primária quanto secundária, necessitam avaliação. Seu médico saberá o momento em que deve ser iniciada essa investigação.
Em pacientes que já apresentaram menstruações muitas vezes não é necessário aguardar 3 meses para que se realize a investigação e/ou tratamento da amenorréia. A maioria das mulheres procura o seu médico quando a menstruação atrasa alguns poucos dias. A investigação do atraso menstrual e da amenorréia secundária é semelhante.
Em mulheres com vida sexual ativa e em idade reprodutiva a causa mais comum de amenorréia (e de atraso menstrual) é a gravidez.
Como se desenvolve e quais são as causas?
Diversas podem ser as causas para o desenvolvimento de uma amenorréia secundária:
gravidez
uso de medicações
falência ovariana (precoce: quando antes dos 40 anos)
doenças clínicas associadas
alterações importantes do peso (anorexia nervosa, obesidade)
tumores do sistema nervoso central
síndrome dos ovários policísticos
fatores relacionados ao útero (histerectomia, sinéquias uterinas)
Como se faz o diagnóstico?
Através de investigação, de exame clínico e exames complementares.
Investigação
A história clínica detalhada da paciente com atraso menstrual ou amenorréia é a parte da investigação que traz maiores subsídios ao médico.
Deve-se lembrar sempre questões como:
sintomas associados a deficiência de estrogênio (calorões, dor nas relações),
sintomas comuns da gestação inicial (aumento da freqüência urinária, sono, fome, dor nos seios),
uso de drogas,
método anticoncepcional utilizado pela paciente,
antecedentes pessoais de infecções,
abortamentos,
curetagens,
cirurgias,
cefaléia,
saída de secreção mamilar tipo leite,
estilo de vida da mulher (esportista, estressada, deprimida),
doenças clínicas associadas.
Exame físico
O exame clínico e ginecológico da paciente com amenorréia ou atraso menstrual deve ser sempre completo, ocasião em que deve ser observado se há secreção mamária, qual o aspecto da genitália e o tamanho do útero.
Exames complementares
O seu médico, após realizar a anamnese (história clínica) e os exames clínico e ginecológico, avaliará quais os exames que necessitam ser solicitados.
Para excluir gestação: exame de urina ou sangue ou ecografia
Exames hormonais (prolactina, FSH, LH, dosagem de androgênios)
Exames de imagem (ecografia, tomografia do sistema nervoso central)
Como se trata?
O tratamento da amenorréia secundária e do atraso menstrual é variável de acordo com a causa identificada. As causas mais graves, geralmente, tem o tratamento etiológico (solucionar a causa, quando possível).
Nas causas mais freqüentes e menos graves, o tratamento geralmente vai ao encontro do desejo da paciente, por exemplo, se a paciente deseja engravidar ou se a paciente deseja anticoncepção, os tratamentos serão completamente diferentes.
Amenorréia secundária é a ausência de menstruação por um período maior do que 3 meses em mulher que anteriormente já apresentou ciclos menstruais.
As amenorréias, tanto primária quanto secundária, necessitam avaliação. Seu médico saberá o momento em que deve ser iniciada essa investigação.
Em pacientes que já apresentaram menstruações muitas vezes não é necessário aguardar 3 meses para que se realize a investigação e/ou tratamento da amenorréia. A maioria das mulheres procura o seu médico quando a menstruação atrasa alguns poucos dias. A investigação do atraso menstrual e da amenorréia secundária é semelhante.
Em mulheres com vida sexual ativa e em idade reprodutiva a causa mais comum de amenorréia (e de atraso menstrual) é a gravidez.
Como se desenvolve e quais são as causas?
Diversas podem ser as causas para o desenvolvimento de uma amenorréia secundária:
gravidez
uso de medicações
falência ovariana (precoce: quando antes dos 40 anos)
doenças clínicas associadas
alterações importantes do peso (anorexia nervosa, obesidade)
tumores do sistema nervoso central
síndrome dos ovários policísticos
fatores relacionados ao útero (histerectomia, sinéquias uterinas)
Como se faz o diagnóstico?
Através de investigação, de exame clínico e exames complementares.
Investigação
A história clínica detalhada da paciente com atraso menstrual ou amenorréia é a parte da investigação que traz maiores subsídios ao médico.
Deve-se lembrar sempre questões como:
sintomas associados a deficiência de estrogênio (calorões, dor nas relações),
sintomas comuns da gestação inicial (aumento da freqüência urinária, sono, fome, dor nos seios),
uso de drogas,
método anticoncepcional utilizado pela paciente,
antecedentes pessoais de infecções,
abortamentos,
curetagens,
cirurgias,
cefaléia,
saída de secreção mamilar tipo leite,
estilo de vida da mulher (esportista, estressada, deprimida),
doenças clínicas associadas.
Exame físico
O exame clínico e ginecológico da paciente com amenorréia ou atraso menstrual deve ser sempre completo, ocasião em que deve ser observado se há secreção mamária, qual o aspecto da genitália e o tamanho do útero.
Exames complementares
O seu médico, após realizar a anamnese (história clínica) e os exames clínico e ginecológico, avaliará quais os exames que necessitam ser solicitados.
Para excluir gestação: exame de urina ou sangue ou ecografia
Exames hormonais (prolactina, FSH, LH, dosagem de androgênios)
Exames de imagem (ecografia, tomografia do sistema nervoso central)
Como se trata?
O tratamento da amenorréia secundária e do atraso menstrual é variável de acordo com a causa identificada. As causas mais graves, geralmente, tem o tratamento etiológico (solucionar a causa, quando possível).
Nas causas mais freqüentes e menos graves, o tratamento geralmente vai ao encontro do desejo da paciente, por exemplo, se a paciente deseja engravidar ou se a paciente deseja anticoncepção, os tratamentos serão completamente diferentes.
ANOREXIA NERVOSA
O que é?
Anorexia nervosa é um transtorno alimentar no qual a busca implacável por magreza leva a pessoa a recorrer a estratégias para perda de peso, ocasionando importante emagrecimento. As pessoas anoréxicas apresentam um medo intenso de engordar mesmo estando extremamente magras. Em 90% dos casos, acomete mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa de 12 a 20 anos. É uma doença com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição.
Quais são as causas?
Não existe uma causa única para explicar o desenvolvimento da anorexia nervosa. Essa síndrome é considerada multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. Alguns estudos chamam atenção que a extrema valorização da magreza e o preconceito com a gordura nas sociedades ocidentais estaria fortemente associada à ocorrência desses quadros.
Como se desenvolve?
A preocupação com o peso e a forma corporal leva o adolescente a iniciar uma dieta progressivamente mais seletiva, evitando ao máximo alimentos de alto teor calórico. Aparecem outras estratégias para perda de peso como, por exemplo: exercícios físicos excessivos, vômitos, jejum absoluto.
A pessoa segue se sentindo gorda, apesar de estar extremamente magra, acabando por se tornar escrava das calorias e de rituais em relação à comida. Isola-se da família e dos amigos, ficando cada vez mais triste, irritada e ansiosa. Dificilmente, a pessoa admite ter problemas e não aceita ajuda de forma alguma. A família às vezes demora para perceber que algo está errado. Assim, as pessoas com anorexia nervosa podem não receber tratamento médico, até que tenham se tornado perigosamente magras e desnutridas.
Como se trata?
O tratamento deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar formada por psiquiatra, psicólogo, pediatra, clínico e nutricionista, em função da complexa interação de problemas emocionais e fisiológicos nos transtornos alimentares.
Quando for diagnosticada a anorexia nervosa, o médico deve avaliar se o paciente está em risco iminente de vida, requerendo, portanto, hospitalização.
O objetivo primordial do tratamento é a recuperação do peso corporal através de uma reeducação alimentar com apoio psicológico. Em geral, é necessário alguma forma de psicoterapia para ajudar o paciente a lidar com sua doença e com as questões emocionais subjacentes.
Psicoterapia individual, terapia ou orientação familiar, terapia cognitivo-comportamental (uma psicoterapia que ensina os pacientes a modificarem pensamentos e comportamentos anormais) são, em geral, muito produtivas.
Para o quadro de anorexia nervosa não há medicação específica indicada. O uso de antidepressivos pode ser eficaz se houver persistência de sintomas de depressão após a recuperação do peso corporal.
O tratamento da anorexia nervosa costuma ser demorado e difícil. O paciente deve permanecer em acompanhamento após melhora dos sintomas para prevenir recaídas.
Como se previne?
Uma diminuição da pressão cultural e familiar com relação à valorização de aspectos físicos, forma corporal e beleza pode eventualmente reduzir a incidência desses quadros. É fundamental fornecer informações a respeito dos riscos dos regimes rigorosos para obtenção de uma silhueta "ideal", pois eles têm um papel decisivo no desencadeamento dos transtornos alimentares.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
CALCULOSE OU LITÍASE
A calculose ou litíase não difere muito dos padrões de formação da calcificação distrófica. Sua particularidade reside no fato de se localizar em estruturas tubulares diferentes dos vasos sanguíneos, mantendo, ainda, a característica de heterotopia inerente às calcificações patológicas.
A patogenia de formação dos cálculos se resume, iniciamente, na formação de um núcleo calcificado de forma distrófica; esse núcleo se desloca para a luz do ducto, onde cresce devido a sucessivas incrustrações ao redor de sua estrutura. Todo o mecanismo é facilitado pelos fatores já citados anteriormente, isto é, principalmente pela presença de pH alcalino e pela concentração de carbonato de cálcio e de fosfato de cálcio no local.
A calculose pode levar à obstrução, à lesão ou à infecção de ductos, principalmente do pâncreas, da glândula salivar, da próstata e dos tratos urinário e biliar.
CALCIFICAÇÃO METASTÁTICA
Calcificação heterotópica provocada pelo aumento da calcemia em tecidos onde não
exista necessariamente lesão prévia.
A calcificação metastática não tem sua causa primária fundamentada nas alterações regressivas teciduais, mas sim em distúrbios dos níveis sanguíneos de cálcio, ou seja, da calcemia.
A calcificação metastática é originada de uma hipercalcemia. Essa situação pode ser devida à remoção de cálcio dos ossos (comum em situações de cânceres e inflamações ósseas, imobilidade, hiperparatireoidismo) ou à dieta excessivamente rica desse íon. Aumentando os níveis de cálcio, imediatamente a relação desse íon e o fosfato é desequilibrada, o que contribui para a combinação de ambos e para a sua posterior precipitação nos tecidos que entram em contato com essas altas concentrações calcêmicas.
Os tecidos calcificados metastaticamente como pulmão, vasos sanguíneos, fígado e mucosa gástrica podem ter sua função comprometida. Entretanto, a situação de hipercalcemia é mais preocupante clinicamente do que a calcificação em si.
CALCIFICAÇÃO DISTRÓFICA
Como o próprio conceito enfatiza, a calcificação distrófica se relaciona com áreas que sofreram agressões e que apresentam estágios avançados de lesões celulares irreversíveis ou já necrosadas. Nesse último caso, por exemplo, é comum observar calcificações distróficas nas paredes vasculares de indivíduos senis com ateroesclerose, cujo processo se caracteriza por presença de necrose no endotélio vascular devido à deposição de placas de ateroma.
Infecções vaginais (vaginites)
O que é?
O corrimento vaginal, problema comum entre as mulheres também chamado de vaginite, é uma inflamação da mucosa vaginal geralmente associada com irritação e infecção da vulva chamada de vulvovaginite. A vaginite pode ser assintomática, mas geralmente apresenta coceira e irritação na vagina.
Sintomas
* coceira e queimação.
* Irritação na área genital.
* Inflamação (irritação, vermelhidão e inchaço causados pela presença extra de células do sistema imunológico) dos grandes lábios, pequenos lábios e área periférica.
* Descarga vaginal (corrimento de líquido pela vagina).
* Odor diferente na vagina.
* Desconforto ou queimação ao urinar.
* Dor e irritação durante o ato sexual.
* Sono excessivo.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito com microscopia e cultura do corrimento depois de um cuidado exame físico e histórico de saúde.
Tratamento do corrimento vaginal
Antibióticos orais ou tópicos, cremes fungicidas ou bactericidas, ou medicamentos similares. Creme contendo cortisona pode ser usado para aliviar a irritação. Se reação alérgica estiver envolvida, anti-histamina pode ser receitada. Para mulheres que têm irritação e inflamação causadas por baixo nível de estrogênio, um creme tópico contendo estrogênio pode ser usado.
SINUSITE
O que é?
Sinusite é uma doença com base inflamatória e/ou infecciosa que acomete as cavidades existentes ao redor do nariz. Estas deveriam comunicar-se com as fossas nasais sem impedimentos! São cavidades revestidas por uma mucosa que necessita ventilação para a manutenção da normalidade na região.
A figura apresenta a região do nariz em uma visualização interna de seus componentes. Observe a proximidade destas cavidades para-nasais (ao redor do nariz) com as estruturas das órbitas (olhos), dentes e do cérebro. Sinusites podem levar a complicações sérias nestas regiões vizinhas!
Como se adquire?
Após infecção viral, inflamação de origem alérgica ou por poluentes, a mucosa da região nasal aumenta de volume e obstrui a comunicação destas cavidades com as fossas nasais. Esta obstrução acarreta o início da colonização por germes e fungos que estão presentes na região, mas não encontravam condições favoráveis ao seu crescimento.
O que se sente?
A doença pode gerar sensação de "peso na face", corrimento nasal, dores de cabeça, sensação de mau cheiro oriunda do nariz ou da boca e obstrução nasal com eventuais espirros.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito através da história que o paciente relata, exame físico da região e de exames radiológicos eventualmente necessários.
Como se trata?
O tratamento é feito com analgésicos, medicamentos para melhorar a permeabilidade nasal e antibióticos específicos aos germes que forem encontrados na região. Trata-se com medicamentos antifúngicos as infecções fúngicas sinusais.
Como se previne?
O cuidado com a saúde para se evitar as infecções virais e a manutenção da permeabilidade nasal durante essas viroses; o correto tratamento dos problemas alérgicos; a correção cirúrgica de eventuais desvios septais obstrutivos e/ou cornetos nasais obstrutivos podem prevenir as sinusites.
Quem vive em regiões frias ou com grandes variações climáticas ao longo dos dias ou meses, deve tomar cuidados mais intensos pela propensão maior da doença.
Apendicite
O que é?
É uma condição caracterizada pela inflamação do apêndice. Ainda que casos moderados de apendicite possam se resolver sem tratamento, muitos requerem a remoção do apêndice inflamado através da laparotomia ou laparoscopia. Caso não haja tratamento a mortalidade é alta, principalmente devido à peritonite e choque quando o apêndice inflamado se rompe.
Causas da apendicite
É possível que material fecal fique hospedado no apêndice, ocasionando infecção bacteriana, a qual pode causar apendicite. Se a condição não for tratada, o apêndice pode tornar-se gangrenoso e eventualmente romper-se, ocasionando peritonite, septicemia e eventualmente a morte.
Sintomas
A dor no apêndice geralmente começa centralizada (periumbilical) antes de se localizar na fossa ilíaca direita (a parte do abdômen de baixo à direita). Freqüentemente há anorexia (perda de apetite) associada. Febre geralmente está presente. Náusea, vômito e diarréia podem ou não acontecer.
Tratamento
O tratamento da apendicite pode ser feito através da remoção do apêndice por procedimento cirúrgico chamado apendicectomia (também conhecido como apendectomia). Antibióticos são geralmente administrados intravenosamente para ajudar a matar as bactérias remanescentes, e desta forma reduzir a inflamação.
ASMA
O que é?
A asma brônquica é uma doença pulmonar freqüente e que está aumentando em todo o mundo.
Esta doença se caracteriza pela inflamação crônica das vias aéreas, o que determina o seu estreitamento, causando dificuldade respiratória.
Este estreitamento é reversível e pode ocorrer em decorrência da exposição a diferentes fatores desencadeantes ("gatilhos"). Esta obstrução à passagem de ar pode ser revertida espontaneamente ou com uso de medicações.
As vias aéreas são tubos que dão passagem ao ar. Elas iniciam no nariz, continuam como nasofaringe e laringe (cordas vocais) e, no pescoço, tornam-se um tubo largo e único chamado traquéia.
Já no tórax, a traquéia divide-se em dois tubos (brônquios), direito e esquerdo, levando o ar para os respectivos pulmões.
Dentro dos pulmões, os brônquios vão se ramificando e tornam-se cada vez menores, espalhando o ar.
Como se desenvolve?
As pessoas asmáticas reagem demais e facilmente ao contato com qualquer "gatilho" (estímulo).
Dentre estes, os mais comuns são:
alterações climáticas,
o contato com a poeira doméstica,
mofo,
pólen,
cheiros fortes,
pêlos de animais,
gripes ou resfriados,
fumaça,
ingestão de alguns alimentos ou
medicamentos.
A mucosa brônquica, que é o revestimento interno das vias aéreas, está constantemente inflamada por causa da hiper-reatividade brônquica (sensibilidade aumentada dos brônquios).
Nas crises de asma, esta hiper-reatividade brônquica aumenta ainda mais e determina o estreitamento das vias aéreas. Este fenômeno leva à tosse, chiado no peito e falta de ar.
Os mecanismos que causam a asma são complexos e variam entre a população. Nem toda a pessoa com alergia tem asma e nem todos os casos de asma podem ser explicados pela resposta alérgica do organismo a determinados estímulos.
De qualquer forma, cerca de um terço de todos os asmáticos possui um familiar (pais, avós, irmãos ou filhos) com asma ou com outra doença alérgica.
Alguns asmáticos têm como "gatilho" o exercício. Ao se exercitarem, entram numa crise asmática com tosse, chiado no peito (sibilância) ou encurtamento da respiração.
Alguns vírus e bactérias causadoras de infecções respiratórias também podem estar implicadas em alguns casos de asma que se iniciam na vida adulta.
A asma brônquica pode iniciar em qualquer etapa da vida.
Na maioria das vezes, inicia na infância e poderá ou não durar por toda a vida.
O que se sente?
Caracteristicamente, nesta doença os sintomas aparecem de forma cíclica, com períodos de piora. Dentre os sinais e sintomas principais, estão:
tosse - que pode ou não estar acompanhada de alguma expectoração (catarro). Na maioria das vezes, não tem expectoração ou, se tem, é tipo "clara de ovo";
falta de ar
chiado no peito (sibilância)
dor ou "aperto" no peito
Os sintomas podem aparecer a qualquer momento do dia, mas tendem a predominar pela manhã ou à noite.
A asma é a principal causa de tosse crônica em crianças e está entre as principais causas de tosse crônica em adultos.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico é feito baseado nos sinais e sintomas que surgem de maneira repetida e que são referidos pelo paciente.
No exame físico, o médico poderá constatar a sibilância nos pulmões, principalmente nas exacerbações da doença. Contudo, nem toda sibilância é devido à asma, podendo também ser causada por outras doenças. Todavia, nos indivíduos que estão fora de crise, o exame físico poderá ser completamente normal.
Existem exames complementares que podem auxiliar o médico. Dentre eles, estão:
a radiografia do tórax,
exames de sangue e de pele (para constatar se o paciente é alérgico) e a
espirometria - identifica e quantifica a obstrução ao fluxo de ar.
O asmático também poderá ter em casa um aparelho que mede o pico de fluxo de ar, importante para monitorar o curso da doença. Nas exacerbações da asma, o pico de fluxo se reduz.
Como se trata?
Para se tratar a asma, a pessoa deve ter certos cuidado com o ambiente, principalmente na sua casa e no trabalho. Junto, deverá usar medicações e manter consultas médicas regulares.
Duas classes de medicamentos têm sido utilizadas para tratar a asma:
Broncodilatadores
Antiinflamatórios
É mais recomendado o uso das medicações por nebulização, nebulímetro ou inaladores de pó seco por serem mais eficazes e causarem menos efeitos indesejáveis.
Como se previne?
Como prevenção de crises de asma, o asmático poderá usar os corticosteróides, os beta2-agonistas de longa duração e os antileucotrienos, além de ter um bom controle ambiental, evitando exposição aos "gatilhos" da crise asmática.
Não há como prevenir a existência da doença, mas sim as suas exacerbações e seus sintomas diários.
Brucelose
O que é?
E uma doença infecciosa causada por bactérias do gênero Brucella com várias espécies, cada qual com um hospedeiro preferencial o que confere à brucelose características próprias de disseminação, sendo predominante no Mediterrâneo a Brucella mellitensis que provoca a forma humana mais grave da doença. A repercussão nos animais difere segundo a espécie infectante e a do animal contaminado.
Como se adquire?
A transmissão da bactéria se faz por ingestão de produtos do animal infectado, pelo consumo do leite não pasteurizado ou do próprio queijo. A doença pode ser contraída também pelo contato com o animal (aborto, placenta, feto, sangue), através da pele, por feridas mesmo as imperceptíveis, as brucelas podem ser aspiradas diretamente do ar. A ingestão do alimento contaminado propicia a multiplicação das bactérias na mucosa intestinal de onde elas se disseminam. O período de incubação (tempo que vai da contaminação ao início dos sintomas) varia de duas semanas a dois meses. A doença não se transmite de pessoa a pessoa.
O que se sente?
Pode haver febre, suores noturnos, calafrios, dor de cabeça, artralgias (dores articulares), anorexia (perda do apetite), os casos mais graves podem acometer rins e coração, fígado. A doença pode durar meses e mesmo anos. Mesmo não sendo agudamente fatal prejudica cronicamente a saúde.
diagnóstico?
O quadro clínico é inespecífico o dado importante é a ingestão de alimento de origem animal potencialmente contaminado. A confirmação laboratorial se faz através de identificação dos germes após hemocultura (cultura de amostra de sangue) ou exame cultural de material biopsiado. A identificação laboratorial destas bactérias é demorada (até quatro semanas), dá muito falso negativo e necessita ser feito em laboratório com experiência.
Prevenção
A advertência dos trabalhadores que cuidam de animais ou de seu abate sobre os riscos da doença, o controle da sanidade dos animais e a vigilância sanitária sobre o leite e seus derivados são decisivos na prevenção da brucelose.
Tratamento
o médico pode prescrever antibióticos por 6 semanas para prevenir infecção recorrente. Dependendo da duração do tratamento e da gravidade da doença, a recuperação pode durar de algumas semanas a vários meses. A mortalidade é baixa (<2%), e geralmente associada com endocardite (infecção na camada que reveste o coração).
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
THALASSEMIA
O que é?
O nome de Thalassemia deriva da palavra grega que significa mar. É uma alteração genética que produz graus variáveis de anemia. A hemoglobina é o pigmento responsável pelo transporte do oxigênio e do gás carbônico no nosso sangue. Para compreender o que são as thalassemias precisamos conhecer a estrutura desta molécula. É formada por um núcleo central chamado de hema e 4 cadeias de proteínas iguais 2 a 2: 2 cadeias a (alfa) e 2 cadeias b (beta). Nas thalassemias há uma alteração genética que impede que estas cadeias de proteínas sejam formadas em quantidade adequada. São, portanto, alterações quantitativas da formação da hemoglobina. Se o defeito genético é na formação das cadeias alfa, as doenças daí derivadas são as a-thalassemias e se na formação das cadeias beta, temos as b-thalassemias.
Esses defeitos genéticos têm uma distribuição geográfica característica. As alterações das a-thalassemias têm mais prevalência no sudoeste da Ásia e China e as de b-thalassemias são particularmente prevalentes em população da Grécia e Itália, espalhando-se de acordo com as migrações populacionais. Cerca de 3% da população mundial tem gens de b-thalassemias, sendo a doença genética mais comum em todo o mundo.
O grupo de doenças que derivam destas alterações genéticas foi descrito, pela primeira vez, pelo pediatra norte-americano Thomas Cooley, em 1925.
O nome relacionado à palavra grega mar deve-se ao fato da anemia decorrente da incapacidade do organismo produzir hemoglobina encontrar-se em maior número em pessoas que vivem em torno do mar Mediterrâneo.
Como se desenvolve ou se adquire?
A alteração tem transmissão de pais para filhos, já que é uma doença hereditária. Em nosso meio predomina as b-thalassemias porque a imigração de populações oriundas da região do mediterrâneo é maior, principalmente italianos.
O que se sente?
O quadro clínico das pessoas que possuem estes gens é extremamente variável dependendo da carga genética, se homozigótica ou heterozigótica, isto é, se há dois gens comprometidos, um vindo do pai e o outro da mãe, ou apenas um gen, do pai ou da mãe. De uma maneira simplificada, podemos separar estas situações em dois quadros clínicos completamente diferentes. As thalassemias menores (apenas um gen) ou as thalassemias maiores (dois gens).
Nas thalassemias menores há discreta anemia, com a qual o indivíduo pode conviver e é compatível com uma vida normal ou em alguns casos nem anemia existe. Muitas vezes o diagnóstico é feito de forma acidental.
Nas thalassemias maiores, quadro bem mais raro, a anemia é severa e inicia-se nos primeiros meses de vida, acompanhada de pele e mucosas amareladas (icterícia), deformidades ósseas e baço aumentado.
Como se faz o diagnóstico?
Na thalassemia menor, a suspeita é levantada na investigação de uma anemia discreta numa criança ou num adulto. Outras vezes, decorre da investigação de alteração no tamanho ou forma das hemácias em um exame de sangue de rotina. Na thalassemia maior, o diagnóstico é feito nos primeiros meses de vida, principalmente devido à gravidade da anemia. Os exames laboratoriais que estudam a hemoglobina presente no sangue, como a cromatografia de hemoglobina, associada à forma das hemácias fazem o diagnóstico tanto na forma maior como na menor.
O estudo do sangue dos pais complementa a investigação quando necessário.
Como se trata?
A thalassemia menor não necessita tratamento na maioria das vezes. Em certas situações, como durante a gestação, é recomendado uma suplementação da dieta com ácido fólico.
Uma recomendação importante é o de evitar a ingestão de sais com ferro, uma vez que a thalassemia se associa a uma maior absorção de ferro da dieta. A ingestão de sais de ferro pode levar a excessiva acumulação de ferro, o que não é recomendável.
O tratamento da thalassemia maior é um grande desafio ao médico. Inclui um programa de transfusão de sangue permanente, retirada do baço e tratamento com quelantes para retirar excesso de ferro decorrente das múltiplas transfusões.
Em pacientes que dispõem de um doador de medula compatível, esse tipo de procedimento pode estar indicado.
A thalassemia maior é das doenças em que a terapia gênica deverá estar disponível no futuro.
DOENÇA DO PEIXE CRU - difilobotríase
Difilobotríase é uma infecção causada por um parasita de peixes, também conhecido como tênia dos peixes. A infecção é semelhante a da tênia solium e tênia saginata, cuja contaminação ocorre através da ingestão de carnes de gado e porco mal cozidas. O hospedeiro definitivo é o homem, porém outros mamíferos, como cães e gatos, que comem peixe cru podem servir de hospedeiro.
Causa
O parasita dos peixes é um verme cientificamente chamado de Diphyllobothrium latum, e representa uma das espécies de helmintos (vermes) achatados (platelmintos) que adquirem o maior tamanho entre os helmintos. Os humanos tornam-se infectados quando ingerem peixe cru, ou mal cozido, contendo as larvas do verme.
Incidência e fatores de risco
A infecção é vista em muitas áreas do Leste Europeu, América do Norte e América do Sul, África e em alguns países da Ásia. No Brasil, a Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo registrou a ocorrência de 27 casos no município de São Paulo, entre março de 2004 e março de 2005, o que levou o Ministério da Saúde produzir um alerta em 7/4/2005, através de nota técnica, onde são destacadas as possibilidades de infecção.
Infecção
Após a pessoa, ou outro hospedeiro, ingerir peixes crus ou mal cozidos, infectados, a larva cresce no intestino do hospedeiro. O verme adulto, que é segmentado, pode atingir mais de 10 metros de comprimento com cerca de 3 000 segmentos. Os ovos são formados em cada segmento e são passados ainda imaturos para as fezes (até 1.000.000 de ovos por cada tênia). Ocasionalmente, alguns segmentos (que são chamados de proglotes) podem passar também às fezes. Os parasitas adultos maduros que se alojaram no intestino delgado atacam a sua mucosa.
Sintomas
A maioria dos indivíduos infectados não apresenta sintomas. As infecções muito intensas podem apresentar os seguintes:
desconforto abdominal
náusea, vômito e diarréia
perda de apetite e de peso
a infestação maciça pode produzir obstrução do intestino pelos vermes o que leva à dor abdominal
esta infecção pode levar à deficiência de vitamina B12 e, em conseqüência, à anemia perniciosa (megaloblástica); os indivíduos com deficiência de B12 e anemia podem apresentar fadiga e confusão.
Diagnóstico
É feito através do exame de fezes, onde os ovos podem ser visualizados por microscópio. Algumas vezes os segmentos (proglotes) passam para as fezes e podem ser visíveis à olho nu. O exame de sangue pode revelar anemia.
Tratamento
Se você suspeita que esteja infectado procure seu médico ou vá a um posto de saúde para prévio diagnóstico e posterior prescrição.
Não utilize nenhum tipo de medicação sem consultar um médico.
Prognóstico
Uma dose do tratamento é eficaz e erradica a infecção. Depois de erradicada, a doença não apresenta complicações tardias.
Complicações
Na vigência da infecção sem tratamento, pode ocorrer anemia e obstrução intestinal pelos vermes.
Mas lembre-se, a maior parte dos infectados são assintomáticos.
Prevenção
Evite comer peixes crus ou mal cozidos. Os consumidores de pescados crus, ou mal cozidos, são a população de risco para a difilobotríase. A existência de diversos restaurantes que oferecem nos seus cardápios pratos como sushi, sashimi, ceviche, e outros pescados crus, ou mal cozidos, nas suas preparações, possibilita o risco de contaminação ao consumidor se a matéria-prima estiver infestada.
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
O que é?
O acidente vascular cerebral é uma doença caracterizada pelo início agudo de um deficit neurológico (diminuição da função) que persiste por pelo menos 24 horas, refletindo envolvimento focal do sistema nervoso central como resultado de um distúrbio na circulação cerebral; começa abruptamente, sendo o deficit neurológico máximo no seu início podendo progredir ao longo do tempo.
O termo ataque isquêmico transitório (AIT) refere-se ao deficit neurológico transitório com duração de menos de 24 horas até total retorno à normalidade; quando o deficit dura além de 24 horas, com retorno ao normal é dito como um deficit neurológico isquêmico reversível (DNIR).
Podemos dividir o acidente vascular cerebral em duas categorias:
O acidente vascular isquêmico consiste na oclusão de um vaso sangüíneo que interrompe o fluxo de sangue a uma região específica do cérebro, interferindo com as funções neurológicas dependentes daquela região afetada, produzindo uma sintomatologia ou deficits característicos.
No acidente vascular hemorrágico existe hemorragia (sangramento) local, com outros fatores complicadores tais como aumento da pressão intracraniana, edema (inchaço) cerebral, entre outros, levando a sinais nem sempre focais.
Como se desenvolve ou se adquire?
Vários fatores de risco são descritos e estão comprovados na origem do acidente vascular cerebral, entre eles estão: a hipertensão arterial, doença cardíaca, fibrilação atrial, diabete, tabagismo, hiperlipidemia. Outros fatores que podemos citar são: o uso de pílulas anticoncepcionais, álcool, ou outras doenças que acarretem aumento no estado de coagulabilidade (coagulação do sangue) do indivíduo.
O que se sente?
Geralmente vai depender do tipo de acidente vascular cerebral que o paciente está sofrendo: isquêmico? hemorrágico? Sua localização, idade, fatores adjacentes.
Fraqueza
Distúrbios Visuais
Perda sensitiva
Linguagem e fala (afasia)
Convulsões
Como o médico faz o diagnóstico?
A história e o exame físico dão subsídios para uma possibilidade de doença vascular cerebral como causa da sintomatologia do paciente.Entretanto, o início agudo de sintomas neurológicos focais deve sugerir uma doença vascular em qualquer idade, mesmo sem fatores de risco associados. A avaliação laboratorial inclui análises sangüíneas e estudos de imagem (tomografia computadorizada de encéfalo ou ressonância nuclear magnética). Outros estudos: ultrassom de carótidas e vertebrais, ecocardiografia e angiografia podem ser feitos.
Como se trata e como se previne?
Inicialmente deve-se diferenciar entre acidente vascular isquêmico ou hemorrágico.
O tratamento inclui a identificação e controle dos fatores de risco, o uso de terapia antitrombótica (contra a coagulação do sangue) e endarterectomia (cirurgia para retirada do coágulo de dentro da artéria) de carótida em alguns casos selecionados. A avaliação e o acompanhamento neurológicos regulares são componentes do tratamento preventivo bem como o controle da hipertensão, da diabete, a suspensão do tabagismo e o uso de determinadas drogas (anticoagulantes) que contribuem para a diminuição da incidência de acidentes vasculares cerebrais.
O acidente vascular cerebral em evolução constitui uma emergência, devendo ser tratado em ambiente hospitalar.
O uso de terapia antitrombótica é importante para evitar recorrências. Além disso, deve-se controlar outras complicações, principalmente em pacientes acamados (pneumonias, tromboembolismo, infecções, úlceras de pele) onde a instituição de fisioterapia previne e tem papel importante na recuperação funcional do paciente.
As medidas iniciais para o acidente vascular hemorrágico são semelhantes, devendo-se obter leito em uma unidade de terapia intensiva (UTI) para o rigoroso controle da pressão. Em alguns casos a cirurgia é mandatória com o objetivo de se tentar a retirada do coágulo e fazer o controle da pressão intracraniana.
ARTERIOESCLEROSE (ou Ateroesclerose)
A ateroesclerose é o depósito no interior das artérias de substâncias gordurosas junto com colesterol, cálcio, produtos de degradação celular e fibrina (material envolvido na coagulação do sangue e formador de coágulos). O local onde esse depósito ocorre chama-se placa.
Arteriosclerose é um termo geral usado para denominar o espessamento e endurecimento das artérias. Parte desse endurecimento é normal e é decorrente do envelhecimento das pessoas.
As placas podem obstruir total ou parcialmente uma artéria, impedindo ou diminuindo a passagem de sangue. Sobre as placas podem se formar coágulos de sangue, denominados de trombos que, ao se soltarem, provocam embolias arteriais. Quando isso acontece no coração, temos o ataque cardíaco ou o infarto do miocárdio; quando no cérebro, provoca a embolia ou a trombose cerebral. Como a doença ocorre em artérias de médio ou grosso calibre, a gravidade, bem como as conseqüências, dependerão do local, mais ou menos nobre do organismo, onde o acidente vascular ocorrer.
A ateroesclerose é uma doença de progressão lenta e que pode se iniciar desde a infância. Em algumas pessoas atinge a maior intensidade de progressão na terceira década e noutras somente depois da quinta ou sexta década.
Sobre as causas do início da ateroesclerose pouco sabemos. Existem quatro teorias que tentam explicar porque a camada mais interna (endotélio) dos vasos é atingida.
A elevação da pressão arterial
A elevação dos níveis de gordura no sangue (Colesterol e triglicerídios)
O fumo. A fumaça do cigarro particularmente agride o endotélio das artérias das pernas, das coronárias e da aorta.
Ação de toxinas de origem infeciosa no endotélio das artérias.
Por só um desses fatgores ou pela conjunção de mais de um deles, a camada interna das artérias fica espessada, o que diminui a luz dos vasos atingidos e a oferta de sangue nos territórios irrigados por esses vasos fica reduzida..
Passando pouco sangue, menos do que o necessário para manter a função do órgão irrigado por ele naquele momento, ocorre a isquemia, o que no coração provoca a angina do peito.
Se o bloqueio é total, quando nada de sangue passa, ocorre:
No coração, o infarto do miocárdio,
No cérebro, a trombose cerebral e
Na perna, a claudicação, se for parcial,e até a necrose com gangrena, se for total.
Os fatores desencadeantes da ateroesclerose são os mesmo citados como fatores de risco de doenças cardiovasculares.
IMPOTÊNCIA
Mito Masculino - Temor de Desempenho
Vivemos ainda em uma sociedade muito machista, infelizmente para todos nós. Para os homens, em especial, existe uma pressão desenfreada para a atividade sexual predatória. O que caiu na rede é peixe! E existe, por sinal, um mito milenar de que os homens estão sempre aptos ao sexo, independente de qualquer outro fator. Devem sempre estar com desejo, devem ter plena ereção e não falhar jamais.
Essa situação é um peso muito grande para os ombros de qualquer um.
É necessário desmistificar essa situação. A impotência (disfunção erétil) só se torna um problema ou uma doença quando ela predomina na vida sexual de um homem. Ou seja, quando há uma incapacidade persistente ou recorrente (repetida) de manter uma ereção até a conclusão da atividade sexual. Alguns se queixam de falta completa de rigidez para conseguir uma penetração. Outros conseguem ter o pênis rijo, mas na hora de introduzi-lo perdem a potência.
Atenção! a eventual ocorrência de perda de ereção não é considerada impotência.
O que causa a perda da ereção?
As pesquisas são contraditórias: algumas apontam que 90% da impotência tem causa emocional.
O estresse do dia-a-dia.
A discórdia conjugal.
A falta de atração pela parceira.
A ansiedade ou depressão.
O temor de não desempenhar o sexo adequadamente.
Conflitos emocionais antigos.
Culpa e repressões sexuais.
São algumas das causas psíquicas comuns.
Outros trabalhos científicos relatam que a disfunção erétil nos homens é, na maioria dos casos, orgânica, principalmente quando o homem tem mais que 50 anos.
A deficiência de alguns hormônios masculinos como a testosterona.
Excesso de prolactina.
A presença de algumas doenças como o diabete melito.
O uso de medicações que combatem a hipertensão.
A anormalidade vascular peniana.
São fatores orgânicos importantes a serem levados em consideração na avaliação dessa disfunção sexual.
E tem cura?
Podemos pensar que há uma soma desses fatores orgânicos e emocionais na determinação da impotência. Para o tratamento, então, devemos combinar algumas técnicas terapêuticas para obtenção de maior sucesso.
Após alguns exames de rotina, detectamos a presença ou não de algum problema orgânico. Por exemplo, se há falta de testosterona, podemos repor através de uso de medicação. Se há problema vascular ou neurológico, podemos até indicar cirurgia ou colocação de prótese. Entretanto, tais métodos mais evasivos são de última escolha no tratamento da impotência, só utilizados quando quaisquer outros métodos já falharam completamente.
Quando não há muitos achados positivos nos exames, podemos empregar um tipo de tratamento psicológico, denominado psicoterapia cognitivo-comportamental, que é baseado em tarefas sexuais progressivas e orientação.
O uso concomitante de algumas medicações que provocam a ereção tem elevado o sucesso terapêutico em muitos casos. Entretanto, os mesmos nunca devem ser utilizados sem acompanhamento médico especializado.
CEFALÉIA E DOR FACIAL
O que é?
Cefaléia, ou “dor de cabeça” como popularmente é conhecida, constitui problema freqüente na população em geral, sendo uma das causas mais comuns de busca de atendimento médico. Ela pode ocorrer isoladamente como manifestações de um complexo sintomático agudo, como a enxaqueca (cefaléias primárias) , ou pode fazer parte de uma doença em desenvolvimento, como infecções, neoplasia cerebral ou sangramentos intracranianos (cefaléias secundárias).
Estima-se que cerca de 90% da população mundial já apresentou ou irá apresentar um episódio de cefaléia ao longo da vida. Assim, é necessária uma avaliação completa e sistemática das dores de cabeça, de preferência por um médico cefaliatra (neurologistas especializados no tratamento das dores de cabeça )
Como se desenvolve e quais as possíveis causas?
As cefaléias primárias não apresentam uma causa especifica, podendo a mesma ser de natureza multifatorial e de caráter hereditário, ao contrário das cefaléias secundárias, que apresentam uma causa patológica evidente. As dores de cabeça podem se manifestar de modo súbito, subagudo ou crônico.
As cefaléias de início agudo ou súbito geralmente constituem manifestação de uma patologia intracraniana como hemorragia subaracnóide ou de outras doenças cerebovasculares ou infecciosas (meningites / encefalites). Todavia, elas também podem ocorrer após punção lombar (procedimento médico especializado para diagnóstico de enfermidades neurológicas) ou mesmo durante manobras fisiológicas que possam aumentar a pressão intrabdominal e conseqüentemente a intracraniana, como exercícios físicos intensos e relações sexuais.
Àquelas de manifestação subaguda, podem ser resultantes de enfermidades inflamatórias do tecido conjuntivo, como artrite de células gigantes, ou mesmo de processos tumorais intracranianos (tumores, abscessos cerebrais, metástases cerebrais, hematomas subdurais), além de hipertensão intracraniana benigna (pseudotumor cerebral), neuralgia do trigêmio/ glossofaríngeo e crise hipertensiva.
As cefaléias crônicas, geralmente são de natureza primária. São resultantes, na maioria das vezes, das enxaquecas, cefaléias tensionais e cefaléias em salvas.
Como se faz o diagnóstico?
O diagnóstico é baseado na compreensão da fisiopatologia das dores de cabeça, na obtenção de uma história clínica e realização de um exame físico e neurológico cuidadoso e completos, afim de formular um diagnóstico diferencial. Dependendo do caso, geralmente naquelas de caráter secundário, pode ser necessário exames subsidiários, como estudo radiológico funcional da coluna, tomografia e/ou ressonância magnética de crânio, eletroencefalograma , exames laboratorias com análise do líquor e sangue ,além de biópsia de artéria temporal , afim de melhor estabelecer o diagnóstico. Todavia, o diagnóstico das cefaléias e dores faciais é eminentemente clínico.
Características Gerais das Cefaléias e Dores Faciais
O reconhecimento de fatores precipitantes pode ajudar no estabelecimento do diagnóstico da cefaléia, um exemplo bem típico é o desencadeamento instantâneo de crises de cefaléia em salvas após ingesta de álcool, ou àquelas desencadeadas por consumo de queijos, vinhos (enxaqueca).
Algumas cefaléias podem ser acompanhadas de sintomas que antecedem a dor propriamente dita, como alterações visuais de curta duração (aura visual), pontos luminosos na visão (escotomas cintilantes) , irritação, astenia, falta de apetite e depressão.
A dor pode ser de característica pulsátil, latejante, pressão, aperto, fincadas, ardência, lancinante, além de fraca, moderada, intensa, constante ou em salvas. Também pode ser unilateral, bilateral, holocraniana (toda cabeça), frontal, retrocular, occiptal ou mesmo seguindo o padrão de distribuição das divisões do nervo trigêmio na face.
As dores de cabeça também podem se manifestar associadas à sintomatologia autômica (náuseas, vômitos, hiperemia ocular, lacrimejamento, obstrução nasal, sensibilidade à luz e ao som) ou mesmo sistêmica, como perda de peso recente, febre, mal estar, cansaço e inapetência, por exemplo.
Como se trata?
O tratamento das cefaléias e dores faciais dependerá do diagnóstico e das causas de base estabelecidos. Ele pode ser apenas de natureza medicamentosa, porém há casos mais graves , como nas hemorragias intracranianas ou mesmo meningites/encefalites, que há necessidade de internação hospitalar, com passagem por unidades de tratamento cirúrgico e mesmo procedimentos neurocirúrgicos. Os medicamentos utilizados podem ser: analgésicos comuns, relaxantes musculares (benzodiazepínicos, baclofeno), anticonvulsivantes (fenitoína, carbamazepina, gabapentina, topiramato, divalproato de sódio) , drogas específicas para tratamento de enxaqueca (ergotamínicos e triptanos).
Leptospirose
O que é ?
É doença infecciosa, uma zoonose, causada por uma série de bactérias de aspecto muito peculiar lembrando um saca – rolhas, chamada leptospira. A forma mais grave da doença e com mais alta mortalidade é associada ao Leptospira icterohaemorrhagiae, chamada, com mais propriedade, doença de Weil.
Como se adquire ?
A infecção humana na maioria das vezes está associada ao contato com água, alimentos ou solo contaminados pela urina de animais portadores do leptospira. As bactérias são ingeridas ou entram em contato com a mucosa ou pele que apresentem solução de continuidade. Os animais classicamente lembrados são os roedores mas bovinos, eqüinos, suínos, cães,e vários animais selvagens são responsabilizados pela difusão da doença. A contaminação entre pessoas doentes é absolutamente rara.
O que se sente ?
A doença é classicamente descrita como se mostrando em duas fases distintas. Após um período médio de 2 semanas desde a contaminação surgem os 1os sintomas (incubação) febre, calafrio, conjuntivite, dor nos músculos (mialgia), fotofobia (incômodo na presença da luz), dor de garganta, gânglios no pescoço, estes sintomas vagos permanecem por 3 a 7 dias. Quando parece que está chegando a cura, recrudescem as queixas. A piora é secundária à disseminação da doença, agora com envolvimento de vários órgãos e do sistema vascular. Surgem novos e importantes sintomas icterícia (amarelão) e hemorragia que dão nome à própria bactéria (Leptospira icterohaemorrhagiae), no maior número de casos a doença é autolimitada, persistindo por 1 a 3 semanas. A moléstia pode ser mortal em 5 a 20% dos casos principalmente em idosos. A morte se dá freqüentemente por insuficiência renal.
Como se faz o diagnóstico ?
A suspeita clinica, mialgia (dores musculares), febre e conjuntivite, acrescidas da possibilidade de contato com: água, alimentos, vísceras, solo, etc. contaminados por animais que estejam excretando leptospira, principalmente o contato com urina de roedores autorizam a investigação laboratorial. A leptospira pode ser isolada do sangue ou do líquor nos primeiros 10 dias da doença; da urina a partir da segunda semana onde persiste por 30 dias ou mais. As técnicas de cultura são demoradas e difíceis. Anticorpos podem ser identificados sorologicamente durante ou após a segunda semana. De maneira geral estes testes são realizados em laboratórios oficiais.
Como se previne ?
A leptospirose é problema de saúde pública. A imunização de animais domésticos está indicada de rotina. A falta de controle dos ratos e as más condições de vida da população estão ligados à maioria dos casos no Brasil. Algumas profissões (agricultores, trabalhadores em abatedouros, caçadores, veterinários, lenhadores, pessoas que trabalham em esgotos, em arrozais e militares), têm tal risco de pegar a doença que tanto a vacinação humana como os usos profiláticos de antibióticos podem ser indicados.
DOENÇA DE CHAGAS
O que é?
É uma doença infecciosa causada por um protozoário parasita chamado Trypanosoma cruzi, nome dado por seu descobridor, o cientista brasileiro Carlos Chagas, em homenagem a outro cientista, também, brasileiro, Oswaldo Cruz.
Como se adquire?
Através da entrada do Trypanosoma no sangue dos humanos a partir do ferimento da “picada” por triatomas, os populares barbeiros ou chupões, como são conhecidos no interior do Brasil.
Estes triatomas, ou barbeiros, alimentam-se de sangue e contaminam-se com o parasita quando sugam sangue de animais mamíferos infectados, que são os reservatórios naturais (bovinos, por exemplo) ou mesmo outros humanos contaminados. Uma vez no tubo digestivo do barbeiro, o parasita é eliminado nas fezes junto ao ponto da “picada”, quando sugam o sangue dos humanos que por aí infectam-se.
Outras formas de contato ocorre na vida intra-uterina por meio de gestantes contaminadas, de transfusões sanguíneas ou acidentes com instrumentos de punção em laboratórios por profissionais da saúde, estas duas últimas bem mais raras.
O que se sente?
A doença possui uma fase aguda e outra crônica. No local da picada pelo “vetor” (agente que transmita a doença, no caso, o barbeiro), a área torna-se vermelha e endurecida, constituindo o chamado chagoma, nome dado à lesão causada pela entrada do Trypanosoma. Quando esta lesão ocorre próxima aos olhos, leva o nome de sinal de Romaña. O chagoma acompanha-se em geral de íngua próxima à região.
Após um período de incubação (período sem sintomas) variável, mas de não menos que uma semana, ocorre febre, ínguas por todo o corpo, inchaço do fígado e do baço e um vermelhidão no corpo semelhante a uma alergia e que dura pouco tempo. Nesta fase, nos casos mais graves, pode ocorrer inflamação do coração com alterações do eletrocardiograma e número de batimentos por minuto aumentado. Ainda nos casos mais graves, pode ocorrer sintomas de inflamação das camadas de proteção do cérebro (meningite) e inflamação do cérebro (encefalite). Os casos fatais são raros, mas, quando ocorrem, são nesta fase em decorrência da inflamação do coração ou do cérebro. Mesmo sem tratamento, a doença fica mais branda e os sintomas desaparecem após algumas semanas ou meses. A pessoa contaminada pode permanecer muitos anos ou mesmo o resto da vida sem sintomas, aparecendo que está contaminada apenas em testes de laboratório. A detecção do parasita no sangue, ao contrário da fase aguda, torna-se agora bem mais difícil, embora a presença de anticorpos contra o parasita ainda continue elevada, denotando infecção em atividade.
Na fase crônica da doença, as manifestações são de doença do músculo do coração, ou seja, batimentos cardíacos descompassados (arritmias), perda da capacidade de “bombeamento” do coração, progressivamente, até causar desmaios, podendo evoluir para arritmias cardíacas fatais. O coração pode aumentar bastante, tornando inviável seu funcionamento. Outras manifestações desta fase podem ser o aumento do esôfago e do intestino grosso, causando dificuldades de deglutição, engasgos e pneumonias por aspiração e constipação crônica e dor abdominal.
Mais recentemente, a associação de doença de Chagas com AIDS ou outros estados de imunossupressão tem mostrado formas de reagudização grave que se desconhecia até então, como o desenvolvimento de quadros neurológicos relacionados à inflamação das camadas que revestem o cérebro (meningite).
Como se faz o diagnóstico?
Sempre se deve levantar a suspeita quando estamos diante de um indivíduo que andou por zona endêmica e apresenta sintomas compatíveis. Testes de detecção de anticorpos ao Trypanosoma no sangue mais comumente, bem como a detecção do próprio parasita no sangue, nas fases mais agudas, fazem o diagnóstico.
Como se trata?
A medicação utilizada, no nosso meio, é o benzonidazole, que é muito tóxico, sobretudo pelo tempo de tratamento, que pode durar de três a quatro meses. Seu uso é de comprovado benefício na fase aguda. Na fase crônica, o tratamento é dirigido às manifestações. A diminuição da capacidade de trabalho do coração é tratada como na insuficência deste órgão por outras causas, podendo, em alguns casos, impor até a necessidade de transplante.
Como se previne?
Basicamente, pela eliminação do vetor, o barbeiro, por meio de medidas que tornem menos propício o convívio deste próximo aos humanos, como a construção de melhores habitações.
Oxiuríase
O que é?
É uma inflamação causada por um verme que se aloja no intestino grosso. Entenda-se por inflamação um processo de reação a um agente irritante que atinge um ser vivo. Caracteriza-se por edema (inchaço), hiperemia (vermelhidão), hiperestesia (aumento da sensibilidade dolorosa) e aumento da temperatura local eventualmente se acompanha de diminuição funcional e na dependência do local atingido pode passar sem que se perceba o processo.
Como se adquire ?
Esta verminose é adquirida pela chegada dos ovos deste parasita ao aparelho digestivo através de mecanismos como: a - deglutição - junto com alimentos, poeira de casa, objetos, animais, roupas contaminados com ovos dos oxiúros; b – auto - infestação externa - no ato de coçar o ânus os ovos podem aderir aos dedos e então levados à boca; c - migração - larvas já no ânus podem subir para porções mais altas do intestino. Após a deglutição dos ovos, no intestino as larvas se transformam em adultos, as fêmeas guardam os ovos fecundados e os machos morrem. As fêmeas migram para o cólon e reto, de noite elas Saem pelo esfíncter anal e depositam ovos na região anal e perianal.
O que se sente ?
Exceto pelo prurido (coceira) anal e por ocasionais episódios de diarréia a maioria das pessoas não sente nada.Infestações intensas podem causar vômitos, diarréia freqüente inclusive com esteatorréia (excesso de gordura nas fezes), prurido anal constante, insônia. Irritabilidade, perda de peso, chegando à desnutrição.
Como se faz o diagnóstico ?
O diagnóstico pode ser evidenciado pela visualização dos vermes nas fezes (raro), em pesquisa de ovos no exame parasitológico de fezes e mais comumente pela pesquisa de ovos na região perianal e anal através de raspado anal (swab) ou fita adesiva.
Prevenção
A higiene de um modo sistemático, mãos, alimentos, animais, roupas, roupas de cama, brinquedos é eficaz na prevenção. O uso de água sanitária (diluição de 1/3) serve para maior eficácia na limpeza de objetos que não sejam atacados pelo cloro.
Tratamento
Realiza-se com mebendazol (100mg) para qualquer idade, ou pamoato de pirantel, em dose concordante com a idade e o peso do paciente.
É uma inflamação causada por um verme que se aloja no intestino grosso. Entenda-se por inflamação um processo de reação a um agente irritante que atinge um ser vivo. Caracteriza-se por edema (inchaço), hiperemia (vermelhidão), hiperestesia (aumento da sensibilidade dolorosa) e aumento da temperatura local eventualmente se acompanha de diminuição funcional e na dependência do local atingido pode passar sem que se perceba o processo.
Como se adquire ?
Esta verminose é adquirida pela chegada dos ovos deste parasita ao aparelho digestivo através de mecanismos como: a - deglutição - junto com alimentos, poeira de casa, objetos, animais, roupas contaminados com ovos dos oxiúros; b – auto - infestação externa - no ato de coçar o ânus os ovos podem aderir aos dedos e então levados à boca; c - migração - larvas já no ânus podem subir para porções mais altas do intestino. Após a deglutição dos ovos, no intestino as larvas se transformam em adultos, as fêmeas guardam os ovos fecundados e os machos morrem. As fêmeas migram para o cólon e reto, de noite elas Saem pelo esfíncter anal e depositam ovos na região anal e perianal.
O que se sente ?
Exceto pelo prurido (coceira) anal e por ocasionais episódios de diarréia a maioria das pessoas não sente nada.Infestações intensas podem causar vômitos, diarréia freqüente inclusive com esteatorréia (excesso de gordura nas fezes), prurido anal constante, insônia. Irritabilidade, perda de peso, chegando à desnutrição.
Como se faz o diagnóstico ?
O diagnóstico pode ser evidenciado pela visualização dos vermes nas fezes (raro), em pesquisa de ovos no exame parasitológico de fezes e mais comumente pela pesquisa de ovos na região perianal e anal através de raspado anal (swab) ou fita adesiva.
Prevenção
A higiene de um modo sistemático, mãos, alimentos, animais, roupas, roupas de cama, brinquedos é eficaz na prevenção. O uso de água sanitária (diluição de 1/3) serve para maior eficácia na limpeza de objetos que não sejam atacados pelo cloro.
Tratamento
Realiza-se com mebendazol (100mg) para qualquer idade, ou pamoato de pirantel, em dose concordante com a idade e o peso do paciente.
Câncer de pele do tipo melanoma
O que é?
O melanoma é um tipo de câncer de pele. Dentre os tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais agressivo.
Onde o câncer de pele do tipo melanoma aparece?
Em homens, o melanoma é geralmente encontrado no tronco, cabeça ou ombro. Nas mulheres, melanoma geralmente desenvolve-se nos braços e pernas. Melanoma geralmente ocorre em adultos, mas algumas vezes é encontrado em crianças e adolescentes.
Quais os riscos de desenvolver câncer de pele do tipo melanoma?
Sinais na pele diferentes, exposição ao sol, e histórico médico podem afetar o risco de desenvolver câncer de pele do tipo melanoma.
Ter um fator de risco não significa que sofrerá câncer de pele; assim como não ter fator de risco não significa que estará imune. O fatores de risco para melanoma são:
* Sinais na pele diferentes.
* Exposição à luz do sol.
* Exposição à luz ultravioleta artificial (bronzeamento artificial).
* Histórico familiar ou pessoal de melanoma.
* Ter pele branca e mais de 20 anos de idade.
* Ter cabelo loiro ou ruivo.
* Ter olhos azuis.
Diagnóstico
Testes que examinam a pele são usados para detectar e diagnosticar melanoma. Se um sinal ou área pigmentada muda ou pareça anormal, os seguintes testes e procedimentos podem ajudar no diagnóstico e detecção do melanoma:
* Exame da pele.
* Biópsia.
Opções de tratamento
Diferentes tipos de tratamento estão disponíveis para pacientes com melanoma. Alguns tratamentos são padrão e outros estão sendo testados. Os quatro tipos de tratamento padrão para melanoma são cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapia biológica
Cirurgia no tratamento
A cirurgia para remover o tumor é o principal tratamento para todos os estágios de melanoma. Mesmo que o médico remova todo o melanoma que pode ser visto na época da cirurgia, pode ser oferecida quimioterapia a alguns pacientes depois da operação para matar qualquer célula cancerosa que tenha restado. Quimioterapia após a cirurgia aumenta as chances de cura.
Quimioterapia
A quimioterapia usa medicamentos para interromper a proliferação de células cancerosas, seja as matando, seja as impedindo de se dividir.
Radioterapia
A radioterapia usa raio-x de alta energia ou outros tipos de radiação para matar as células cancerosas ou as impedir de se dividirem.
HEPATITE A
O que é?
É uma inflamação do fígado (hepatite) causada por um vírus chamado Vírus da Hepatite A (HAV). Pelo seu modo de transmissão, esse tipo de hepatite é típico de áreas menos desenvolvidas, com más condições de higiene e falta de saneamento básico. Nesses locais, incluindo a maior parte do Brasil, predomina em crianças pequenas (2 à 6 anos), porém, indivíduos que não tiveram a doença quando crianças, podem adquiri-la em qualquer idade.
O que é?
É uma inflamação do fígado (hepatite) causada por um vírus chamado Vírus da Hepatite A (HAV). Pelo seu modo de transmissão, esse tipo de hepatite é típico de áreas menos desenvolvidas, com más condições de higiene e falta de saneamento básico. Nesses locais, incluindo a maior parte do Brasil, predomina em crianças pequenas (2 à 6 anos), porém, indivíduos que não tiveram a doença quando crianças, podem adquiri-la em qualquer idade.
Diagnóstico?
Exame clínico, o médico suspeita do diagnóstico que é confirmado por exames de sangue onde se detectam alterações hepáticas e anticorpos da fase aguda da doença pelo vírus da Hepatite A.
Como se trata?
Não há medicação específica. Quando necessário, usam-se remédios contra enjôo, dor e febre.
Repouso estrito não é necessário, cabendo ao paciente respeitar os limites conforme sua tolerância.
Não cabem restrições alimentares, a comida pode ser normal.
Certas pessoas, devido ao mal estar e à náusea, não conseguem manter uma ingesta mínima de água e alimentos, necessitando de hidratação intravenosa.
Os raros casos de Hepatite A fulminante podem necessitar de transplante de fígado como única forma de tratamento.
Como se previne?
O vírus A é eliminado pelas fezes na fase de incubação e nos primeiros 10 dias de icterícia. As fezes contaminam as águas que, se não tratadas, ao serem usadas para lavar alimentos, utensílios e para o próprio banho levam a doença a novos indivíduos.
É importante portanto, o uso de água tratada ou fervida para fins alimentares, além de seguir recomendações quanto a proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas.
Indivíduos expostos ao vírus da Hepatite A, há menos de 15 dias e ainda sem sintomas, podem ser tratados com injeção de anticorpos (imunoglobulina), tentando prevenir ou amenizar a doença.
VACINAS
A vacina para Hepatite A é recomendável para todas crianças a partir de 1 ano de idade e para pessoas que viajam para áreas onde a Hepatite A é muito freqüente, como o norte do Brasil e países tropicais subdesenvolvidos. Grupos de alto risco como crianças e adultos que vivem em creches, asilos ou prisões, homo e bissexuais, usuários de drogas injetáveis ou não, pacientes com doença hepática crônica, aqueles com AIDS ou doenças da coagulação também devem ser vacinados.
A aplicação da vacina é útil em profissionais da área da saúde com potencial contato com pacientes ou material contaminado.
É uma inflamação do fígado (hepatite) causada por um vírus chamado Vírus da Hepatite A (HAV). Pelo seu modo de transmissão, esse tipo de hepatite é típico de áreas menos desenvolvidas, com más condições de higiene e falta de saneamento básico. Nesses locais, incluindo a maior parte do Brasil, predomina em crianças pequenas (2 à 6 anos), porém, indivíduos que não tiveram a doença quando crianças, podem adquiri-la em qualquer idade.
O que é?
É uma inflamação do fígado (hepatite) causada por um vírus chamado Vírus da Hepatite A (HAV). Pelo seu modo de transmissão, esse tipo de hepatite é típico de áreas menos desenvolvidas, com más condições de higiene e falta de saneamento básico. Nesses locais, incluindo a maior parte do Brasil, predomina em crianças pequenas (2 à 6 anos), porém, indivíduos que não tiveram a doença quando crianças, podem adquiri-la em qualquer idade.
Diagnóstico?
Exame clínico, o médico suspeita do diagnóstico que é confirmado por exames de sangue onde se detectam alterações hepáticas e anticorpos da fase aguda da doença pelo vírus da Hepatite A.
Como se trata?
Não há medicação específica. Quando necessário, usam-se remédios contra enjôo, dor e febre.
Repouso estrito não é necessário, cabendo ao paciente respeitar os limites conforme sua tolerância.
Não cabem restrições alimentares, a comida pode ser normal.
Certas pessoas, devido ao mal estar e à náusea, não conseguem manter uma ingesta mínima de água e alimentos, necessitando de hidratação intravenosa.
Os raros casos de Hepatite A fulminante podem necessitar de transplante de fígado como única forma de tratamento.
Como se previne?
O vírus A é eliminado pelas fezes na fase de incubação e nos primeiros 10 dias de icterícia. As fezes contaminam as águas que, se não tratadas, ao serem usadas para lavar alimentos, utensílios e para o próprio banho levam a doença a novos indivíduos.
É importante portanto, o uso de água tratada ou fervida para fins alimentares, além de seguir recomendações quanto a proibição de banhos em locais com água contaminada e o uso de desinfetantes em piscinas.
Indivíduos expostos ao vírus da Hepatite A, há menos de 15 dias e ainda sem sintomas, podem ser tratados com injeção de anticorpos (imunoglobulina), tentando prevenir ou amenizar a doença.
VACINAS
A vacina para Hepatite A é recomendável para todas crianças a partir de 1 ano de idade e para pessoas que viajam para áreas onde a Hepatite A é muito freqüente, como o norte do Brasil e países tropicais subdesenvolvidos. Grupos de alto risco como crianças e adultos que vivem em creches, asilos ou prisões, homo e bissexuais, usuários de drogas injetáveis ou não, pacientes com doença hepática crônica, aqueles com AIDS ou doenças da coagulação também devem ser vacinados.
A aplicação da vacina é útil em profissionais da área da saúde com potencial contato com pacientes ou material contaminado.
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