O que é?
É uma inflamação crônica do fígado sem causa conhecida.
Como se desenvolve?
Os mecanismos que levam ao aparecimento dessa doença não são bem entendidos.
Sabe-se que é causada por um descontrole nas defesas do próprio organismo (sistema imunológico) que passam a reagir contra células e tecidos normais, causando inflamação, destruição e perda da função do órgão atingido.
Acredita-se que exista uma predisposição genética para desenvolvimento da doença, e que vírus e bactérias poderiam ser fatores desencadeantes do processo autoimune.
É tipicamente uma doença de mulheres jovens, mas pode atingir crianças e adultos de qualquer sexo.
O que se sente?
De modo semelhante a outras hepatites, sente-se
fraqueza
cansaço fácil
perda de apetite
perda de peso
febre
dores no corpo e nas articulações (nas juntas).
Ainda que inicialmente leves, esses sintomas podem se intensificar e, em cerca de 25% dos casos, serem acompanhados de
icterícia (cor amarelada da pele e mucosas)
fezes claras (cor de massa de vidraceiro)
urina escura (cor de Coca-Cola).
São raros os casos sem sintomas e descobertos em exames de rotina, assim como aqueles de forma fulminante com evolução rápida para o coma hepático.
Excesso de pelos, espinhas e alterações menstruais são comuns em mulheres jovens. Até metade dos pacientes tem outras doenças concomitantes como diabetes da criança e adolescente, algumas doenças da tireóide, artrite reumatóide e lúpus eritematoso sistêmico.
Como o médico faz o diagnóstico?
Não há um exame que confirme exatamente o diagnóstico. A partir de suspeita pelas queixas do paciente e pelo exame clínico, o médico solicita exames de sangue que visam excluir outras causas mais comuns de hepatite, como, por exemplo, as causadas por vírus.
Dentre os exames que induzem fortemente o diagnóstico estão os que detectam anticorpos sanguíneos anormais.
Ecografia e biópsia hepática (retirada com agulha de um pequeno fragmento do fígado) são usadas para elaboração do diagnóstico, podendo demonstrar desde inflamação leve e diferente da hepatite por vírus até cirrose.
Como se trata?
A maioria dos casos de hepatite autoimune é tratada com corticóides (assemelhados da cortisona) associados ou não a outros medicamentos, como a azatioprina.
A função disso é diminuir a formação e a ação de substâncias de defesa (anticorpos) que estão "desreguladas", causando lesões em áreas sadias do próprio organismo.
O tratamento controla a inflamação em 80 a 90% dos casos, porém a doença volta quando este é suspenso. Por isso, na maioria das vezes, o tratamento é permanente.
Pela dificuldade e pelos efeitos indesejáveis do tratamento prolongado, a decisão de tratamento deve ser estudada e discutida ponto a ponto entre o especialista e o paciente.
Como se previne?
Não há forma conhecida de prevenção, já que não se conhece porque a doença ocorre.
oi, eu tenho cirrose hepatica, que se desenvolveu de hepatite auto imune , trato no hospital das clinicas a 5 anos . será que vcs poderiam me responder?todas as mulheres que tem HAI nao menstruam ou atrasa mto tb ?
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