Acadêmico:
- Dimas Batista
- - Curso de Biomedicina da Faculdade Leão Sampaio, na cidade de Juazeiro do Norte, com o interesse de adquirir e transmitir conhecimentos que possam auxiliar no desenvolvimento da sociedade.
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
HEPATOMA
O que é?
Hepatoma é o mais freqüente câncer originado no fígado. Deve-se destacar, no entanto, que a maioria dos tumores aí encontrados são metástases (implantações) de câncer vindos de outros órgãos.
Muitos nódulos encontrados no fígado podem ser tumores benignos ou más-formações de vasos sanguíneos (chamados hemangiomas), sem maior significado clínico.
Como se desenvolve e como se adquire?
O câncer é uma multiplicação desordenada das células de um determinado órgão. Não se sabe exatamente como as células passam, a partir de certo momento, a serem células cancerígenas.
No caso do hepatoma, também, não se sabe como o câncer inicia, porém sabe-se que certas doenças do fígado aumentam muitas vezes o risco do câncer.
O risco de câncer de fígado é maior:
em portadores do vírus da hepatite B ou C
na co-infecção pelo vírus da hepatite D
na cirrose por álcool ou qualquer outra causa
na exposição à aflatoxina (toxina de um fungo que contamina cereais e outros alimentos).
Outras causas mais raras são a hemocromatose, porfiría cutânea tarda, síndrome de Budd-Chiari, entre outras. Acredita-se que o cigarro contribua para o aparecimento desse câncer. Não é bem estabelecida a associação do hepatoma com o uso de certos hormônios e pílulas anticoncepcionais.
O que se sente?
O tumor pode passar despercebido até que tenha grande tamanho ou cause complicações.
Pode haver:
dor na porção direita superior do abdômen, próximo ou abaixo das costelas desse mesmo lado
falta de apetite
perda de peso
icterícia (cor amarelada das mucosas e da pele)
ascite (líquido dentro da barriga)
aumento do tamanho do fígado e do abdômen.
Na maioria das vezes, a doença ocorre em indivíduos que já sabem ter cirrose e a primeira manifestação nesses casos pode ser uma abrupta piora de um quadro até então estável.
Como o médico faz o diagnóstico?
Além de identificar os sintomas acima descritos, o médico pode notar o aumento do tamanho do fígado e/ou nódulos à palpação do mesmo.
O primeiro passo para o diagnóstico costuma ser através da ecografia (ultra-sonografia) ou tomografia computadorizada do abdômen, que identifica nódulos no fígado.
Certos exames de sangue, como os de enzimas hepáticas, bilirrubinas e, especialmente, a alfa-fetoproteína, podem estar aumentados.
O diagnóstico definitivo pode ser feito por biópsia do nódulo identificado na eco ou tomografia (retirada com agulha de um pequeno fragmento do fígado) para análise em microscópio.
Como se trata?
A base do tratamento está na retirada do nódulo por cirurgia. Em certos casos, podem ser usados métodos alternativos, como a injeção de álcool no interior do tumor ou a embolização (coagulação) do tumor.
Como na maioria das vezes os doentes são indivíduos com cirrose, pode ser impossível a cirurgia, pois a porção de fígado que restaria após a cirurgia não seria suficiente para atender às necessidades mínimas do organismo.
Nesses casos, quando o paciente preenche uma série de pré-requisitos, pode ser indicado o transplante hepático como forma de tratamento.
A quimioterapia e a radioterapia tem resultados pobres nessa doença.
Como se previne?
A melhor forma de prevenção do hepatoma é prevenindo a cirrose. Isso é feito através:
do controle do uso abusivo do álcool
do controle das hepatites B e C
Em pacientes com cirrose, em quem o risco é bem maior do que no restante da população, é recomendada a realização de ecografia de abdômen e dosagem de alfa-fetoproteína a cada 6 a 12 meses, na tentativa de detectar precocemente esse tipo de câncer.
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